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Um dos meus jogos favoritos da franquia! ^^ Não fiz transmissão da gameplay, mas podem ter certeza que termos mais vídeos e comentários sobre esse jogo fantástico. Foi ele quem fez meu coração disparar e o desejo por um PS4 se tornar um objetivo.

Eu encontrei um texto que escrevi no dia que eu zerei o jogo, lá em 2017:

Eu me apaixonei pelo jogo e me encantei com os personagens e história.

Minha história com Final Fantasy XV se inicia de verdade na E3 de 2015, quando é confirmada oficialmente a data de lançamento do jogo para Novembro de 2016 iniciando-se todo um planejamento financeiro na minha vida para a aquisição não só do jogo, mas do console Playstation 4 para que eu pudesse jogar. Uma “tragédia” no final de 2016 me leva a gastar o dinheiro duramente separado para o console e assim eu termino 2016 com a edição de luxo comprada e sem console para jogar.

Graças a bondade de um anjo que acompanha o meu canal pude começar a minha campanha com Nocts e Cia em janeiro de 2017, que durou até o dia 28 de março de mesmo ano.

Foi uma aventura deliciosa onde me senti verdadeiramente amiga daqueles caras e me apaixonei por cada um deles.

Um dos pontos principais que quero destacar sobre FFXV é que a história não é contada de forma linear, seguindo um roteiro de “campanha principal”. Toda a história é montada em momentos durante o jogo, durante as side-quests e pontos de acampamento de maior importância onde o relacionamento dos personagens se desenvolve. Acredito que quem não teve interesse ou paciência para fazer as explorações e atividades “secundárias” do jogo ficou com um buraco no desenvolvimento e afetividade dos personagens.

Verdade que a historia passa a ter uma maior linearidade a partir do capítulo 8 além de termos os eventos acontecendo mais rapidamente e sem muito espaço para outras explorações, mas a esse ponto eu já estava amando demais cada um desses personagens.

Ainda sobre a história, eu a defino como linda, mas muito triste. Uma saga e sequências de sacrifícios pelo bem daquele mundo. Não sei o porquê, mas eu não estava preparada para o desfecho, o que me rendeu mais de 20 minutos de choro ao final da história.

Acredito que a escolha de separar partes da história como a DLC do Gladiolus, Prompto, Ignis e a Demo com o Noctis criança não foi uma boa estratégia, pois a história ficou separada em várias mídias e, no caso das DLCs, fora da cronologia. Também vale lembrar que uma porção grande a história dos protagonistas foi contada anteriormente em forma de anime e uma novel curta disponível online. Caso elas fossem feitas entes do desfecho final, acredito que teria um maior impacto nos jogadores. Sem contar que a empatia pelo rei Lucius depende bastante do filme Kingsglave.

Foi uma aposta arriscada a SquareEnix na questão transmidiática, que pode ter prejudicado a empatia dos jogadores que não tiveram contato com as mesmas. Assim a experiência completa dessa história e desenvolvimento de personagens ficam dependentes da pequena série de animação, do filme em CGI, da curta novel e das DLCs que ainda serão lançadas.

No meu caso, eu tive contato com todas as mídias relacionadas ao jogo (com exceção das DLCs que ainda não foram lançadas...), minha experiência pode-se dizer que foi a mais completa possível e me emocionou.

Outro ponto que quero destacar é a questão da tradução americana.

Eu joguei com o áudio em japonês e legenda em inglês. Como tenho um conhecimento bom de língua japonesa pude aproveitar na íntegra o que os personagens falavam e como se integravam. Infelizmente, não posso dizer o mesmo para quem dependeu da tradução americana. A personalidade dos personagens foi alterada, já que as formas de integração foram adaptadas para que ficassem “mais americanos”. Muitos e muitos trechos de diálogos ingame estavam completamente diferentes no áudio e na legenda. Algumas respostas “grossas” do Nocts na legenda não estavam de acordo com o que ele expressava no áudio em japonês.

Assim, posso dizer que existem dois grupos distintos, o americano e o Japonês.

Esta é a primeira vez que tenho essa possibilidade de comparação de formas de trabalhar um mesmo personagem em duas línguas diferentes em um jogo, e me assustou muito a discrepância entre eles.

Quanto à história do jogo.

O vilão não é muito forte em termos de construção e personalidade. O filme entregar que ele é o vilão também foi um ponto talvez mal pensado, pois teria sido uma revelação interessante se deixado para o momento certo. Em via de regras, vilões fracos geram histórias fracas, o que em FFXV acaba aumentando a dramaticidade da história pela necessidade de um sacrifício muito grande para derrotar um vilão fraco. Entendam que não estou falando de fraco e forte no sentido de nível de poder, mas em construção conceitual. O conceito fraco do vilão é combatido pelo conceito forte do sacrifício do personagem, o que acaba entrando em uma dualidade de sentimento. Um épico é feito quanto temos um vilão conceitualmente forte derrotado por um herói também conceitualmente forte. Esse desnível de força conceitual entre o vilão e o herói vai pesar na experiência de cada jogador de formas diferentes.

Particularmente, eu me apeguei à força do conceito do sacrifício fazendo com que, apesar dos mais de 30 minutos de choro compulsivo, eu adorasse a história.

Em termos de gameplay foram pouquíssimas coisas que me incomodaram.  A única reclamação que tenho a destacar de verdade é quanto ao posicionamento câmera que prejudicava muito a visibilidade e não conseguiu acompanhar a dinamicidade do jogo.

Outro ponto que me incomodou, mas bem menos, foi a falta de controle dos outros personagens da party e não haver a possibilidade e manipulação de equipamentos de personagens extras como a Iris, por exemplo.

Entretanto, tudo isso é facilmente superável pelos gráficos maravilhosos, a polidez dos personagens e cenários estonteantes.

Diferentemente do que muitos podem pensar, é sim um jogo estratégico em que a escolha de armas, hora e companheiro para ataque e magias deve ser cuidadosamente pensada caso a caso para um melhor desempenho da campanha. 

maio, 2017

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